Só é possível imaginar o avanço da pesquisa no Brasil com a devida valorização do pós-graduando. Mesmo com algumas conquistas obtidas nos últimos anos, ainda estamos longe de oferecer as condições necessárias para que os estudantes que fazem pesquisa no país possam realizá-la de forma plena, alavancando o progresso nacional, o desenvolvimento científico tecnológico comprometido com as melhorias das condições de vida do povo brasileiro, superando as desigualdades regionais.
A pesquisa científica nacional e seus pesquisadores sofreram um prejuízo na entrada do ano. O atraso nas bolsas provenientes da CAPES, em decorrência de mudanças no SIAFI, segundo a própria agência, deixaram muitos bolsistas sem o benefício e com uma grande dor de cabeça. Queixa recorrente também dos estudantes do programa Ciência Sem Fronteiras, que se deparam com o atraso todo início de mês. Há relatos de estudantes que desde setembro estão sem a verba. Veja aqui
Embora os fatos deixem notório que a CAPES precisa se estruturar melhor para atender a demanda, a Associação Nacional de Pós Graduandos defende que o compromisso selado entre a agência de fomento e os pós-graduandos deve, sem dúvida, ser a prioridade da instituição. Torna-se urgente que a situação seja regularizada o mais rápido possível.
O que reivindicamos são condições plenas de continuar avançando no desenvolvimento tecnológico e científico a favor do Brasil e dos brasileiros. Entendemos que é um dever do estado que estes pesquisadores – que dedicam suas vidas ao estudo – sejam valorizados e, minimamente, possam pagar suas contas em dia.
Somado a isso, reivindicamos a garantia da segunda parcela do reajuste das bolsas que foi prometido para o inicio desse ano. Após muita pressão do movimento de pós-graduandos, em Agosto de 2012, por ocasião da Caravana dos Pós-Graduandos à Brasília, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, reafirmou à ANPG o compromisso com o reajuste de mais 10%.
Nos dirigimos ao governo federal para que cumpra o acordo ao mesmo tempo em que reiteramos nossa luta pela recomposição das perdas inflacionárias que tivemos devido aos 4 anos de congelamento das bolsas, afirmando que para que cheguemos a um aumento de 40%, valor necessário para minimamente atingir a meta do Plano Nacional de Pós-Graduandos 2005-2010, ainda se faz necessário um reajuste de mais 30%. Todavia, como ainda não foi votado o orçamento desse ano na câmara federal, é necessário agora continuarmos pressionando o governo e os deputados federais para que seja garantido, no mínimo, o reajuste prometido ainda nesse inicio de ano.
Convocamos todos os pós-graduandos e Associações de Pós Graduandos para que se somem à luta em defesa do reajuste imediato no valor das boslsas de pesquisa, participando ativamente do nosso calendário de mobilizações (ver abaixo) que inclui a circulação de uma abaixo assinado exigindo o reajuste imediato, mobilizações em cada universidade até o envio de moções das APGs e Representantes Discentes para a presidenta Dilma, para o MEC e para o MCTI. Foi a força da luta dos pós-graduandos que permitiu a importante conquista do reajuste de cerca de 10% em 2012 e somente essa força permitirá novas conquistas em busca da qualidade na pós-graduação brasileira.
Daqui até a conquista do reajuste, é hora de sacudir o país e exigir do governo federal que atenda as reivindicações dos pós-graduandos. Em todo espaço público em que estiver um deputado federal ou o ministro do MEC, MCTI ou mesmo os presidentes das agências de fomento, precisa ter também a presença de pós-graduandos atentos e mobilizados para questionar: E AI, CADÊ O REAJUSTE PROMETIDO?
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quinta-feira, 7 de março de 2013
ANPG convoca movimento de pós-graduandos para pressionar pelo reajuste
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